ANSIEDADE
Sentir Ansiedade é doença?
Na última década, a palavra Ansiedade ganhou a boca do povo, e teve seu significado coloquial ampliado enormemente, sendo utilizada para comunicar praticamente qualquer desconforto emocional, ou associada a qualquer incômodo físico.
Por um lado, é bom que as pessoas estejam mais atentas à sua saúde mental; por outro, é ruim que o significado conceitual real seja desconhecido.
A confusão quanto ao significado leva muitas pessoas a encararem sensações emocionais normais como patológicas, e profissionais de saúde encararem o sintoma Ansiedade, decorrente de diversas patologias, como fator causal de vários sentimentos e sintomas físicos.
Vamos aqui tentar esclarecer tamanha confusão.
Primeiro: Tanto o Medo como a Ansiedade são emoções normais e corriqueiras, com um papel fundamental na preservação da espécie no sentido de sinalizarem riscos à integridade física e mental do indivíduo.
Entretanto tornam-se patológicas, decorrentes da avaliação superestimada de ameaças ambientas e distorções dos riscos associados.
No Medo a ameaça ocorre no momento presente, enquanto, na Ansiedade, a ameaça ocorrerá no tempo futuro.
Segundo: Estresse é a tentativa de adaptação da alma humana frente a ação de um fator estressor (como a ameaça) que modifica o estado de equilíbrio anterior.
Essa tentativa de adaptação direcionada a um novo estado de equilíbrio consome energia através da tensão e desgaste do organismo.
No Estresse normal, a adaptação é bem-sucedida e as reservas de energia mental e corporal são respostas.
No Estresse patológico, a adaptação é mal-sucedida devido ao fato da tensão ultrapassar o nível máximo suportado, ocasionando lesão temporária ou permanente e/ou exaurir completamente as reservas energéticas mentais e/ou corporais.
Terceiro: Praticamente todas as doenças físicas podem ser encaradas como fatores estressores, de tal modo que a manifestação sintomática aguda sentida como dor ou desconforto físico, será percebida como ameaça, gerando Medo ou Ansiedade.
Quarto: As principais doenças em que a Ansiedade patológica se manifesta são o Transtorno de Ansiedade Generalizada e os Transtornos de Ajustamento (Transtorno de Estresse Agudo,
Transtorno de Adaptação e Transtorno de Estresse Pós-Traumático).
Já as principais doenças em que o Medo patológico se manifesta são o Transtorno de Pânico, a Agorafobia e as Fobias.
ansiedade
Como eu trato a ansiedade
Na tentativa de alinhar o conhecimento antigo com as descobertas modernas da medicina, desenvolvi um modelo de saúde que nomeei Modelo Átomo-Alma: vai da menor partícula até a plenitude do ser humano. Ampliando o conceito de Harmonia de Pitágoras, Homeostase de Claude Bernard, e transformação contínua do Yin e Yang.
Através dele, o equilíbrio seria restabelecido pela ação de tipos antagônicos e complementares de ordenamento cósmico em oscilação perpétua.
O ordenamento material pesquisado, pelo método científico, e o ordenamento imaterial, pesquisado pelo método fenomenológico.
Consequente ao resultado das pesquisas, podemos agrupar as ações terapêuticas instituídas nos Transtornos de Ansiedade em 4 linhas potenciais:
1 – Potência Física: que envolve o movimento corporal externo no restabelecimento do ordenamento material. Através, por exemplo, de: Atividade física, Ajuste da postura corporal, Treino de respiração, Treino de expressão vocal.
2 – Potência Alimentar: que envolve o movimento corporal interno no restabelecimento do ordenamento material, obtida através de: Alimentação saudável, Suplementação de nutrientes, Uso de Fitoterápicos, Administração de psicofármacos.
3 -Potência Moral: que envolve o movimento mental exteriorizado no restabelecimento do ordenamento imaterial. Através de: Prática de Virtudes humanas ou cardeais, Prática de Comportamentos saudáveis, Desenvolvimento de Forças de Caráter, Técnicas de Psicoterapia.
4 – Potência Imanente: que envolve o movimento mental interiorizado no restabelecimento do ordenamento imaterial, através de: Prática de Virtudes teológicas, Proferir Rezas e Orações, Prática de Mindfulness, Técnicas de Hipniatria.
O tratamento do transtorno de ansiedade visa dotar o paciente de ferramentas para mudar e ter novamente o autocontrole e o domínio sobre suas emoções e ações para uma vida mais serena e equilibrada!
ANSIEDADE
Ampliando a noção Terapêutica com a história
Você já deve ter ouvido falar que o tratamento dos Transtornos Ansiosos é feito de duas maneiras: uso de psicofármacos pelos médicos psiquiatras, e aplicação de psicoterapia pelos psicólogos.
Esta visão extremamente reducionista e limitada é fruto do modelo biopsicossocial de saúde, que não reflete a realidade atual tanto da atuação profissional de médicos psiquiatras e psicólogos como das
estratégias terapêuticas conhecidas.
É preciso voltar no tempo até Tales de Mileto e Pitágoras de Samos no ocidente, e o Imperador Amarelo no oriente, para uma visão do todo e não de fatias do ser humano.
Tales de Mileto foi o primeiro que teorizou que o movimento dos astros e as ações dos homens possuem uma ordem lógica que fugiria à vontade dos deuses.
Pitágoras aprofundou o tema e cunhou o termo Cosmos para se referir à ordem das coisas. Definiu macrocosmos como a grande ordem de todas as coisas, e microcosmos como a pequena ordem do ser humano. E harmonia como o equilíbrio dinâmico entre o movimento ordenado dos corpos celestes, ou seja, equilíbrio dinâmico do macrocosmo.
Mais de dois mil anos depois, o médico francês Claude Bernard, fundador da medicina experimental, resgata a ideia pitagórica de harmonia, cunhando o termo homeostase para se referir ao equilíbrio dinâmico do microcosmo, ou seja, a busca constante de equilíbrio em toda extensão do organismo humano.
Na mesma linha de pensamento, Hipócrates, o pai da medicina, afirmava que a tendência natural de uma pessoa doente era a cura, através de processos internos programados de restabelecimento do ordenamento perfeito das coisas. De certa maneira o papel do médico, primeiro era não atrapalhar esse processo de autocura (princípio da Não-Maleficência), e segundo, se possível, acelerar esse processo de cura (princípio da Beneficência).
No oriente, ideias semelhantes circulavam três mil anos antes de Cristo, na religião filosófica Taoísta, uma espécie de “Ética asiática” de orientação do bem viver, e que mais tarde muitos de seus preceitos seriam incorporados à Medicina Tradicional Chinesa, tendo por base o conceito de totalidade antagônica mantida pela transformação contínua do Yin e Yang.
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